Assassinato no expresso oriente, Agatha Christie

"Trata-se de uma vantagem. Quando se confronta com a verdade alguém que está mentindo, ela é costumeiramente aceita, muitas vezes sem surpresa. Todo o necessário é imaginar certo, para produzir tal efeito."

Sobre o livro

É perto da meia-noite quando a neve acumulada sobre os trilhos interrompe a jornada do Expresso Oriente, o mais famoso e luxuoso trem de passageiros do mundo, que liga a Ásia à Europa. A bordo, milionários, aristocratas, empregados – e um assassino. Porém, no mesmo vagão encontra-se ninguém menos que Hercule Poirot. Caberá ao meticuloso detetive investigar todos os passageiros e descobrir a identidade do ousado criminoso.

Agatha Christie propõe um fascinante enredo nos moldes do clássico subgênero do “locked room” (“mistério do quarto fechado”), em que o crime ocorre num local isolado, e a suspeita recai sobre todos os presentes. Publicado em 1934, o romance foi levado com estrondoso sucesso ao cinema pelo diretor Sidney Lumet em 1974, com Albert Finney, Lauren Bacall, Sean Connery, Jacqueline Bisset e Ingrid Bergman no elenco – até hoje uma das mais aclamadas adaptações jamais feitas de um clássico da literatura de mistério.

Minhas impressões

E lá fui eu, mais uma vez, ler Agatha Christie depois de me decepcionar com A morte no nilo. A primeira obra que li da autora não foi ruim, só não atendeu as altas expectativas que eu tinha em relação a autora. Desde muito cedo eu ouvia elogios, todos afirmando que suas obras eram fenomenais, então eu esperava algo avassalador e, infelizmente, isso não ocorreu.

Então em um grupo de leitores no whatsapp eu comentei minha decepção com a autora e diversos leitores me disseram que A morte no nilo não era um dos melhores livros dela, por isso me indicaram Assassinato no expresso oriente e eu comprei o livro com muita esperança de que fosse uma leitura de tirar o fôlego! Bom, não foi e mais uma vez eu fiquei com a sensação: É só isso?

Não estou dizendo que a leitura foi ruim, só estou dizendo que não é uma obra prima de romance policial, achei, inclusive, simplória.

O protagonista, Hercule Poirot, chegou em conclusões fantasiosas e sem uma lógica consistente. Eu entendi como ele desvendou o mistério, mas a chave para isso foi mais um "chute" do que algo analisado em seus mínimos detalhes de forma a não ter dúvidas.

Outro aspecto da obra que me irritou bastante foi ela ser mais da metade composta por depoimentos. Cenas que foram massantes, só criavam mais mistérios e não agitavam a trama. Por falar em agitar a trama, a obra não teve ápice! Ficou no mesmo ritmo do começo ao fim, tanto que li o desvendar do mistério sem emoção e quando acabou eu pensei: "Ata, é isso? Legal...". Percebi que eu deveria ter para em A morte no nilo, pois analisando O assassinato no expresso oriente, o primeiro foi muito mais emocionante.

Quanto a edição da obra é bem simples, pois comprei a edição de bolso. A arte da capa é linda, me encantei por ela.

Enfim, a obra não é ruim, mas também não é tudo de bom que dizem por aí, mas se você gosta de romance policial e quer ler um livro curto, acredito que irá gostar da obra.

Titulo: Assassinato no expresso oriente | Autor: Agatha Christie | Editora: L&PM Pocket | Páginas: 248 | Gênero: romance policial | Edição: 6,0 | Narrativa: 8,0 | Desenvolvimento: 6,0 | Trama: 6,0

★ NOTA: 6,5