Resenha sedução da Seda, Loretta Chase

“Ela lembrou a si mesma que Duques não eram como os outros homens. Conseguir o que queriam, durante toda a vida, causava danos a seus cérebros.”

SOBRE O LIVRO

Talentosa e ambiciosa, a modista Marcelline Noirot é a mais velha das três irmãs proprietárias de um refinado ateliê londrino. E só mesmo seu requinte impecável pode salvar a dama mais malvestida da cidade: lady Clara Fairfax, futura noiva do duque de Clevedon. Tornar-se a modista de lady Clara significa prestígio instantâneo. Mas, para alcançar esse objetivo, Marcelline primeiro deve convencer o próprio Clevedon, um homem cuja fama de imoralidade é quase tão grande quanto sua fortuna. O duque se considera um especialista na arte da sedução, mas madame Noirot também tem suas cartas na manga e não hesitará em usá-las. Contudo, o que se inicia como um flerte por interesse pode se tornar uma paixão ardente. E Londres talvez seja pequena demais para conter essas chamas. Primeiro livro da série As Modistas, Sedução da seda é como um vestido minuciosamente desenhado por Loretta Chase: de cores suaves e românticas em alguns trechos, mas adornado com os detalhes perfeitos para seduzir.

MINHAS IMPRESSÕES

Sedução da Seda é um romance de época que conseguiu a proeza de ser diferente e clichê ao mesmo tempo. Diferentemente dos romances de época que vemos por aí, a mocinha não faz parte da aristocracia londrina, ao menos não na maior parte da história.
Marcelline Noirot é dona de um ateliê familiar. Ela é viúva e trabalha arduamente para criar a filha e sustentar suas irmãs. Como provedora da família, nossa protagonista precisa garantir o sucesso do seu negócio atraindo as damas da sociedade londrina para o seu refinado, porém pouco conhecido ateliê. É nesse ponto que começa o desenrolar da trama. Quanto mais mulheres nobres frequentarem sua loja, mais conhecido e disputado seus modelos serão. Então, Marcelline tem a grande ideia: Convencer um duque a encomendar o enxoval de sua noiva no ateliê Noirot.
Agora temos o clichê, que eu adoro! Muito romance, desejos avassaladores e proibidos. Uma queda de braço entre os protagonistas e, claro, um inconveniente impedimento.
Diante dessas características típicas de um romance de época, temos algo diferente que, para mim, foi o ponto positivo do livro: A protagonista é uma trabalhadora comum. Em diversos momentos da obra fiquei torcendo para que o "todo poderoso duque" deixasse de lado o preconceito e se rendesse ao amor, que é claro, eu sabia que faria, afinal: É um romance! Também fiquei furiosa com os inúmeros discursos patriarcais, mas, infelizmente, era a realidade da época. Por isso, a premissa do livro me agradou muito, pois colocou em cheque a ideia de diferença social. Mas... Como nem tudo são flores, a autora errou, mas errou muito no final da obra. Não vou entrar nos detalhes para não entregar spoilers, mas posso adiantar que o desfecho foi frustrante, pois todo o discurso quanto a igualdade foi por água abaixo quando a autora tirou da cartola uma inusitada "surpresa". Eu fiquei perplexa, pois NÃO TINHA NECESSIDADE!
Apesar dos pesares, a obra é cativante e me prendeu do início ao fim, por isso recomendo para quem gosta de romance de época caliente e cheio de reviravoltas.

Titulo: Sedução da seda | Autora: Loretta Chase | Editora: Arqueiro | Páginas: 304 | Gênero: Romance de época | Edição: 9,0 | Narrativa: 8,0 | Desenvolvimento: 7,0 | Trama: 7,0

★ NOTA: 7,7